terça-feira, 24 de maio de 2011

A LINGUAGEM DE TODOS OS DIAS

Devo ter mal compreendido as chinesices desse texto, cujas expressões são do tempo da onça e os objetivos resumiam-se, sem chorumelas, a tirar as minhas barbas do molho. Mas os macacos me morderam porque encontrei um broto de chuchu beleza (eles adoram chuchu).
Triste foi o caixa prego, do balacobaco, do Pedro Bó. Foi lamber sabão porque tava pensando que berimbau é gaita, como manda o virgulino.
Mas pelas barbas do profeta! que não tava entendendo nada do que era pra inglês ver. Da pá virada, meteu-se a encher o pandú, pra ver se sossegava o facho de cocota fogo na roupa.
Tava se achando o rei da cocada preta, boa pinta, quando na verdade era um lambisgóia borra-botas. E de bagunçar o coreto, saiu-se pela tangente, pois botou fogo no boné do guarda e meteu sebo nas canelas. Essa foi de lascar a madeira da meia tigela.
A essa altura do campeonato, despejou seu burro na sombra e ficou fazendo lenga-lenga, mais folgado que colarinho de palhaço. Um chato de galochas, ainda reclamou da batata do arco da velha pois tava na pindaíba.
Ah! Não ia mamar no prego, era hora da onça beber água e ia mostrar pra esse jacu de araque, com quantos paus se faz uma canoa de ripa na chulipa. Não levava desaforo pra casa, mas não queria ficar com cara feia de fome de quem passou noite no xelindró vendo o sol nascer quadrado.
Ficou mesmo com cor de burro fugido quando um pitel bacana lhe deu um supimpa nas carambolas do tempo do guaraná coroa de rolha. Cacildas! Essa não tava nem no gibi!
O sacripantas foi serelepe no forró do borogodó da sapeca. Pela madrugada! Ficou tinindo, até achou que giz era cigarro. Era o fino da bossa. Mas quem vai num pé, sempre volta noutro, que nem bode embarcado. Teve que picá mula quando foi tirar as remelas da jóia.
E os coquinhos? Ah! Esses ficaram espalhados por aí mesmo, porque texto pior, só no cinema.
(Esse texto é uma compilação de algumas expressões cotidianas que já conhecia e outras agraciadas em pesquisa feita no Orkut na comunidade “Gírias Idosas”). Abraços.
J. P. G. Monroset

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